Os assassinatos da tribo Osage foram algo que está na história, e sempre ficará. Porém, após este grandioso longa do Cineasta Martin Scorsese, creio que servirá de exemplo para qualquer forma de arte em que este longa sirva de inspiração - tirando o livro escrito por David Grann, é claro -. Scorsese, como muitos devem saber, além de ótimas obras anteriores de diversos gêneros - e tirando os filmes com temática de gangsters – faz deste gênero algo surpreendente - como é de costume.
No entanto, algumas decisões a serem tomadas no início do primeiro ato, poderia dizer que são bastante arriscadas. E isto digo ao fato de nos apresentar aos personagens (e o que cada um fará ao longo da trama) de uma forma acelerada, porém, coesa. A verdade é que Assassinos Da Lua Das Flores nos apresenta rapidamente, mas desenvolve a trama lentamente. E este será, provavelmente, o grande truque do filme. E, nos introduzindo aos protagonistas, a montagem do longa tem um trabalho sublime e é hábil ao oscilar entre cenas.
Pois bem, Ernest (DiCaprio) assume uma personalidade tola, enquanto Hale (De Niro) tem uma pegada mais de antagonista, sempre buscando as melhores – ou piores – maneiras de se infiltrar e cometer tais atrocidades ao longo do filme. E, neste quesito, os dois estão simplesmente sensacionais, principalmente por terem essas personalidades antônimas, digamos assim. E, claro, a coadjuvante da trama Mollie (Lily Gladstone), que adota um tipo mais seco, sério. E talvez este seja o motivo de não ter me encantado com esta performance, infelizmente.
Entretanto, a partir do segundo ato o roteiro decide dar mais tempo em tela aos diálogos, indo contra o que é apresentado no início. Mas isto, a meu ver, foi um acerto. Afinal, sempre é algo positivo deixar claro o que a obra quer desenvolver. E como disse anteriormente, a narrativa caminha lentamente, principalmente por estes longos diálogos no segundo ato.
Contudo, porém, Assassinos Da Lua Das Flores é, sobretudo, um longa que mostra, retrata um período caótico na cidade de Oklahoma nos anos 20. E este trabalho, Scorsese o faz com louvor. Como, por exemplo, cada personagem e sua respectiva etnia ou religião, a direção do longa nos mostra detalhadamente cada um deles, e Scorsese faz com muito respeito a todas essas tais etnias.
Creio que, um dia, lembrarão de Assassinos Da Lua Das Flores como um filme histórico. Não pelo filme, mas pela emocionante trama. E, como citei, o longa adaptou um clássico escrito por David Grann, mas digo que é, sem sombra de dúvidas, uma ótima obra para quem quer conhecer um pouco dessa história.
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