E lá estava ele, com papel, caneta e um desejo de produzir algo. O tal escritor se perguntava: ‘’o que pode me impedir?” ‘’Será que posso fazer uma resenha?’’ ‘’O que será que vão pensar?’’ Era praticamente tudo o que esse homem pensava. Afinal, será que ele tinha tanto talento assim? No entanto, só olhava para seu caderno e nada mais, nem sua vida lhe importava. Uma pausa para um descanso, um olhar para a rua que estava à sua frente, já bastava para que ele conseguisse escrever, pelo menos, algumas frases. Não sabia ao certo o que faria, mas voltou a insistir e a tentar escrever.
Ao chegar um senhor de seus 70 anos de idade, aparentemente, o jovem rapaz, com o intuito de escrever, sentiu-se imensamente incomodado. Afinal, este senhor chegou de repente, e sentou-se como se estivesse extremamente nervoso. Enfim, é chegada a hora em que eles, depois de se estranharem durante quarenta minutos, começaram a conversar. O senhor percebeu que o jovem queria paz, mas insistiu em conversar com ele. Ao conversarem por mais de quinze minutos, o tal escritor pediu para este nobre senhor que ficassem juntos ali, naquela calçada dura, quente.
E a verdade é que, papo vem e papo vai, teus escritos começaram a fluir. Ele finalmente encontrou uma nobre inspiração. Este senhor o fez escrever, pelo menos, uns sete versos de uma linda poesia, que estava começando a tomar forma. E o assunto em que abordou neste poema, foi justamente sobre pessoas que vivem numa situação precária quando chegam à terceira idade. O jovem deixou a preocupação de lado; o nobre senhor, o conduziu para ele finalmente conseguir escrever algo naquela folha branca, áspera.
Tal aspereza foi o suficiente para dar início à sua primeira estrofe. O tal escritor tinha uma leve obsessão por estrofes pequenas, para não cansar a si próprio, e claro, os seus leitores. E assim em diante, escreveu pelo menos cinco estrofes. O que não era de se esperar, pois suas simples poesias continham, no máximo, três ou quatro. O nobre senhor disse a ele com muito afeto o porquê nunca deveria deixar os seus escritos de lado. E o tal escritor apenas concordou, afinal, estava muito satisfeito por finalmente ter finalizado a sua simples e bela poesia.
Por fim, ele esperou que o local estivesse vago, pois assim ele conseguiria aproveitar mais um breve tempo ao ar livre. Mas estava quase na hora de voltar para casa, eram quase oito horas da noite.
E assim, este belíssimo dia de produção, escrita e alegria, apesar de sua angústia ao sentar-se naquele local, chegou ao fim. E ficou tudo muito claro para ele: ‘’Jamais deixarei a minha arte de escrever de lado, eu a amo’’.
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