top of page
Search
Writer's pictureGabriel Sousa

Os Fabelmans - Crítica: 5/5

Updated: Feb 23, 2023

Onze indicações na categoria de Melhor Filme no Oscar não é para qualquer um. Spielberg é sem dúvidas um dos melhores diretores da história do cinema americano - especificamente de Hollywood - e nesta sua nova obra, ele busca o espectador para sentir emoções que ele mesmo sentiu ao dirigir Os Fabelmans, pois, sem dúvidas, este foi o filme que Steven Spielberg mais trabalhou. Não por fotografia, direção de arte, roteiro, mas principalmente de seu coração.


Os Fabelmans é um filme que o espectador não pode esperar muito dele, pois Spielberg faz com que nós fiquemos à espera de algo. Claro que, nem sempre em momentos como esses, deveríamos ficar ansiosos e pensativos ao imaginar um acontecimento na cena seguinte. E dessa vez, em Os Fabelmans, Spielberg e Tony Kushner nos surpreende na próxima cena inovando com algo totalmente distinto daquilo que aguardamos. E esse fator tem uma leve ajuda da fotografia, por exemplo, quando há um plano médio em um personagem, a cinematografia de Janusz Kaminski junta vários planos para parecerem um plano só. Isso fortalece muito a imersão do espectador.


É incrível a genialidade de Rick Carter ao dar vida à cenas que até podem passar despercebidas pelo espectador. Como por exemplo, quando Sammy - interpretado por Gabriel LaBelle - assiste aos seus filmes, suas obras, com seus amigos. Lembrando rapidamente uma das obras mais fascinantes de Frank Darabont, Um Sonho de Liberdade. E com isso que acabei de apontar, cito também que, por se tratar de filmes exibidos em outro longa, seus primeiros filmes a serem exibidos tem traços, trejeitos das Obras de Sergio Leone e John Ford. Obviamente, tratando-se de filmes de faroeste também - como por exemplo, Três Homens em Conflito - e essa última referência que citei, apesar de não gostar muito da obra de Leone, fiquei muito satisfeito com esse trabalho pela menção do inesquecível diretor John Ford, que foi o diretor com mais indicações ao Oscar.


Duzentas e vinte indicações à varias premiações como Globo de Ouro, BAFTA, Grammy Award e Oscar, não é para qualquer um. John Williams sem dúvidas é um gênio que, felizmente, foi bastante fundamental, principalmente em obras do próprio Steven Spielberg. E em Os Fabelmans, seu trabalho não é diferente. Suas canções contracenando com as atuações fantásticas de cada personagem, são mais um incremento para dar vida à cenas que, como já apontei, provavelmente passariam despercebidas pelo espectador.


É adorável e inteligentíssima a tarefa de Mark Bridges ao escolher figurinos com tanta veracidade e tanta distinção. Cada cena, cada momento, utiliza-se uma roupa mais azulada, mais viva e com mais destaque. Toda a família Fabelman tem esse tom azul-esverdeado, e se divide entre personagens masculinos e femininos. Paul Dano interpretando o Pai de Sammy, Michelle Williams interpretando a Mãe de Sammy e Julia Butters interpretando uma das irmãs de Sammy, Reggie Fabelman. Os homens usam roupas com mais destaque, como os mais fortificados, e as mulheres mais sensíveis. Sem dúvidas esse trabalho foi muito bem pensado e como já citei, tem sua determinação.


Os Fabelmans é um filme que Spielberg trabalhou, pensou e realizou. Mas apenas com seus sentimentos e suas emoções. É um filme dramático, porém maduro. É um filme com trejeitos de riqueza em seus maiores pontos e com bastante desenvolvimento.



40 views0 comments

Recent Posts

See All

Crônica - Um Jovem Excêntrico

CRÔNICA – UM JOVEM EXCÊNTRICO   Por uma simples história, é válido dizer que o tempo em que se gasta para ouvi-la, é totalmente...

Comments


Post: Blog2_Post
bottom of page