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Writer's pictureGabriel Sousa

The Last Of Us: T1E1 - Crítica: 4/5

Quando trata-se de uma série adaptada de outra obra existente — nisso coloco outras obras além de jogos de videogame, por exemplo, livros ou HQs — fico com uma sensação de que algo vai seguir o que a obra anterior realizou e produziu (apesar de não ter jogado o game The Last Of Us). Mas o que vemos neste primeiro episódio é algo totalmente inovador.


No entanto, no primeiro ato há elementos narrativos com bastante semelhanças a antigos seriados de televisão — e aqui posso citar, principalmente, The Office — , essas séries tem isto em comum. A facilidade e a veracidade de fazer com que as falas de seus personagens, apesar de frias e calculistas, tornem-se cômicas ao tratar de temas bastante pesados, digamos assim.


Pelo clima que a narrativa estabelece ao longo da trama, podemos notar certas situações para 'enganar' o espectador, e claro, para que ele possa ser surpreendido no plano seguinte. E nesse ponto, cabe a fotografia ser sublime e bastante minuciosa para provocar no espectador sentimentos, como por exemplo, medo, angústia, pavor e apreço àqueles personagens. Em cenas como estas que acabei de citar no texto, sua fotografia faz jus à esta dedução que fiz. Sutil e fria para que, cenas desse porte, fiquem ainda melhores.


Como já havia citado, a dupla de roteiristas Craig Mazin e Neil Druckmann é sublime ao surpreender o espectador a cada segundo. E isto fica mais evidente a partir do segundo ato do episódio. O que esperávamos, vai tornando-se cada vez mais caótico no ambiente em que estão os personagens e, principalmente, seu design de Produção — inclusive, acho que nem deveria dizer absolutamente nada, pois seus cenários são tão verossímeis que faz com que o espectador esqueça que está assistindo à uma série.


E falando de seus personagens, os autores tem o máximo de cuidado e cautela ao colocá-los na trama. Os personagens de The Last Of Us são discretos, fechados e em momento algum o roteiro precisa nos lembrar de seus nomes, ou de suas identificações. Eles são parte da trama, mas sem se vangloriar muito, o que obviamente deixa a narrativa muito mais instigante.


Este episódio, além de caótico — num sentido positivo, é claro — , é formulaico, mas está longe de ser superficial e/ou Mediano. Está bem perto da perfeição. A tranquilidade transforma-se em pânico, o pânico transforma-se em caos, e o caos no episódio mais autêntico possível.


E, na verdade, a autenticidade e o fato deste episódio ser formulaico, é o que o torna mais agradável.


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